Um Editor de Génios (Genius) passou quinta no canal Hollywood, só descobri hoje, não tem mais emissões, pelo que não podemos gravar mas estará disponível até à próxima quinta.
Mais do que uma ficção, é uma dramatização baseada em pessoas reais. Pelo menos os primeiros dez minutos (os que vi) são interessantes: ajudam a visualisar aquilo que para quem está de fora ou não gosta de ler é aborrecido.
Romancear batalhas é fácil, mas romancear o acto de ler? De corrigir provas? De decidir - a olho, não há ainda uma maneira científica - o que num texto deve ser reescrito, aumentado, reduzido ou simplesmente ficar de fora?
Obviamente, o filme recorre a estratagemas para não aborrecer o auditório, mas consegue na sequência inicial mostrar o que ainda hoje é editar um texto: lê-lo no comboio, na paragem, depois de jantar, fazer notas, observações ou correcções na cama.
O editor como um provador de vinhos e comida ao serviço do faraó, ou seja, do leitor - a ver se não está envenenada, se precisa de mais sal, mais água, menos batatas, um pouco mais de apuramento ao fogão.
É (pode) ser uma apaixonante aventura. Mas passa-se toda na cabeça.
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