Maria do Mar
[pg.1] Era uma vez uma menina chamada Maria, que vivia numa ilha. Todos os dias Maria se punha a olhar para o mar, desde que o sol nascia, até que se punha. Ela gostava tanto do mar que todas as pessoas a chamavam de Maria do Mar.
[pg.2] Maria estava feliz, porque a primavera estava a chegar e isso significava que ela podia finalmente ir nadar. No inverno os seus pais não a deixavam, porque o mar era muito perigoso e agitado.
[pg.3] No dia seguinte levantou-se e correu para o quintal, entusiasmada, até ter reparado que o mar tinha desaparecido.
[pg.4] À sua frente só via um vasto caminho de terra lamacenta. Onde estavam os golfinhos, os peixes e algas, os corais e as baleias?
[pg.5 ] Maria sentiu um aperto no coração e uma lágrima caiu. Desesperada, gritou pelos seus pais.
- Que se passa, Maria?
- O mar desapareceu!
Eles responderam:
- Não te preocupes, ele há de voltar.
[pg.6] No outro dia na escola todos os seus amigos pareciam indiferentes. Maria não entendeu como estavam todos tão calmos. E se o mar desaparecesse para sempre?
[pg.7] Frustrada, correu para a praia depois da escola. Na praia viu uma menina sentada na areia, como se estivesse à espera de uma onda lhe molhar os pés.
[pg.8] Maria sentou-se ao pé dela e viu que os seus olhos eram azuis, como o mar.
- Também sentes falta do mar? - Perguntou-lhe a estranha.
- Sim. E parece que ninguém mais se importa.
- Eu importo-me muito!
- Como te chamas?
- Ana e tu?
- Sou a Maria do Mar.
[pg.9] Depois de conversarem, Maria descobriu que o pai de Ana era pescador, por isso o mar também lhe fazia muita falta.
[pg.10] Ambas passaram a tarde a conversar e chegaram a uma conclusão:
- E se tentássemos trazer o mar de volta?
- Como é que íamos fazer isso, Maria?
- Podíamos fazer a dança da chuva! Assim, a chuva caía na terra e formava o mar!
- Ótima ideia!
[pg.11] A partir desse dia, a Ana e a Maria iam até ao monte mais alto da ilha e dançavam, fazendo com que chovesse todos os dias.
[pg.12] Quando chegou o verão, finalmente o mar já tinha voltado, com toda a água da chuva. Até alguns peixinhos já tinham voltado a aparecer.
[pg.13] Maria podia finalmente voltar a nadar e o pai de Ana podia pescar. As meninas estavam felizes porque conseguiram resolver o problema sozinhas.
[pg.14] No final aprenderam que às vezes somos nós que temos de fazer a diferença e que há sempre alguém nos pode ajudar!
Carina Goulart
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