[pág.1] Capa
[pág.2] Em cima de uma mesa estava um puzzle espalhado. Era um lindo dia e estava tudo animado.
[pág.3] Uns dançavam e pulavam numa confusão de cores, outros cantavam alegremente e tocavam tambores.
[pág.4] Todos gostavam de conversar e de se divertir durante o dia, mas mal ficava escuro, o puzzle encaixava-se e dormia.
[pág.5] Viviam assim, numa grande comunidade. Partilhavam muitos valores, mas sobretudo a bondade.
[pág.6] Certo dia aconteceu um evento inesperado, no canto da mesa estava um Rei abandonado.
[pág.7] Que estranho! Não se parecia com ninguém que já tivessem recebido. Tinha uma postura forte e direita, mas o rosto estava entristecido.
[pág.8] A Peça Azul era a mais curiosa e pensou o que estaria ali o Rei a fazer. Não aguentou sem lhe perguntar, e foi logo para o canto da mesa a correr.
[pág.9] Quando chegou ao pé dele, nem queria acreditar. O Rei estava encolhido e enrugado de tanto estar a chorar.
[pág.10]
-“Mas porque choras tanto?” - perguntou a Peça Azul sem perceber.
“Perdi-me da minha família, não sei mais o que fazer!”
[pág.11]
-“Que estranho! Nunca vi aqui ninguém, para além do que já é habitual”
-“Ah! É que eu pertenço ao tabuleiro de xadrez que o Chico só joga no Natal”
[pág.12] A Peça Azul ficou chocada sem saber como ajudar. O Natal mal tinha terminado, ainda tardava a chegar.
[pág.13] Depois de muito pensar, chegaram a uma conclusão: “Vamos para junto do puzzle, ficar aqui é que não!”
[pág.14] O Rei não ficou feliz com ideia mas já estava farto de esperar. Assim começaram o caminho, juntinhos, a conversar.
[pág.15] A Peça Azul falava, cada vez mais animada. Mas o Rei pouco respondia, estava sempre de cara trancada.
[pág.16]
-“Alegra-te Rei! Vais conhecer o meu puzzle e fazer novas amizades!”
- “Sinto falta da minha família. Estou cheio de saudades!”
[pág.17] Sem saber o que responder, a Peça Azul ficou calada. Continuaram o caminho em silêncio, desejando que acabasse em menos de nada.
[pág.18] Quando chegaram já era tarde e o Rei foi logo descansar. A Peça Azul estava tão contente que só pensava em comemorar.
[pág.19] Pensou que se fizesse um bolo, poderia oferecê-lo de presente. Mas quando entrou no quarto do Rei, percebeu que ele estava doente.
[pág.20] Passou muitos dias a cuidar dele, a dar-lhe carinho e a enchê-lo de comida. Finalmente, o Rei sorria. Tinha energia e estava cheio de vida.
[pág.21] Os dias deram lugar aos meses e o Rei tinha-se erguido. Agora era feliz, alegre e muito grato por tê-los conhecido.
[pág.22] O Natal chegou novamente e o Chico procurou o xadrez para jogar. O Rei ficou entusiasmado, estava na hora da família o vir buscar.
[pág.23]
E assim regressou para junto da família, que correu para o abraçar. Entre
despedidas prometeu ao puzzle, que todos os Natais se voltariam a
encontrar.
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