Na verdade é o 31, porque nós fizemos também uma prova cega (lembram-se?) com trechos de Saramarog e Lobo Antunes.
Este artigo de opinião saiu hoje, 14 de maio, no jornal i.
1. Ajude-o a ficar melhor, aplicando a técnica do esforço mínimo.
2. Arranje um título (ou, se for espreitar - preferia que não - comente se acha o do autor adequado).
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Nota: você não tem de concordar ou não. É um trabalho. Quem for bom a fazê-lo terá aqui uma oportunidade de negócio, porque o que não faltam são clientes com pódio mas carecendo de ajuda.
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Que o jornalismo é uma actividade fundamental em qualquer democracia e Estado de Direito que se preze, ninguém tem dúvidas. Que os jornalistas enquanto motor da actividade em questão são peça fundamental do escrutínio público que a sustenta, sobretudo no que à política e seus agentes diz respeito, muito menos. Digo-o honestamente, sem qualquer falsidade pessoal.
Contudo,
é igualmente inequívoco, sobretudo pela sua repetição ao longo dos tempos, que
há alguns jornalistas que não primam propriamente por estes princípios,
circunstância que não colocando em causa a idoneidade de todo o sector em
questão, merece ainda assim a devida reprovação.
Fernanda
Câncio é, em minha opinião, um exemplo claro do que acabo de considerar.
Sobretudo porque é estranhíssimo que alguém que tenha tido uma relação tão
próxima com José Sócrates e aparentemente nunca tenha estranhado nada nos seus
comportamentos e estilo de vida, insista reiteradamente em censurar todos
aqueles com os quais discorde.
Esta
semana, após a ida de André Ventura a tribunal pela utilização de uma imagem
afecta a moradores do Bairro da Jamaica durante o seu debate presidencial
contra Marcelo Rebelo de Sousa (circunstância por si só, ridícula), escreveu um
artigo em que não se coibiu de colocar em causa o que no tribunal havia sido
dito pelo próprio ou por outros representantes do CHEGA.
Como
digo é tudo muito estranho. Sobretudo quando da escrita que assinou me deu a
sensação que colocou em causa algumas declarações que teriam que ver com a
origem de algumas contas de redes sociais ligadas ao partido.
Estaria
Câncio a dormir, ao ponto de nunca ter questionado a origem das contas
bancárias do seu ex-namorado bem como o dinheiro que a seu lado gastava e do
qual, mesmo que indirectamente, também nessa época, usufruía?
Não
estou com isto a dizer que a origem dessas contas e do seu recheio seria
ilícita ou não, que José Sócrates é culpado de alguma coisa ou que Câncio fosse
disso conhecedora e ao sê-lo o devesse ter denunciado. Tenho a minha opinião,
mas disso ter-se-ão de se encarregar os tribunais.
Aquilo
que sinto poder dizer, porque é a minha opinião e dela ninguém me pode privar,
é que Fernanda Câncio não passa de uma hipócrita que não reunindo os níveis
mínimos de idoneidade pessoal, intelectual e profissional, não respeita também
o significado da palavra coerência.
Disso
deve Fernanda Câncio envergonhar-se. Envergonhar-se porque em vez de se
preocupar em perseguir André Ventura e o Chega se deveria preocupar antes em
criticar e questionar quem enquanto primeiro-ministro conduziu o país onde ele
se encontra.
Para
finalizar, porque pese embora confesse tenha achado estranho, devo dizer que ao
mesmo tempo também isso me divertiu, eu que acompanhando André Ventura a esta
audiência, ao olhar para o meu lado direito dei com Fernanda Câncio sentada
praticamente a meu lado para assistir ao julgamento em causa, gostaria que a mesma
me explicasse porque não compareceu ao julgamento de José Sócrates para poder
fazer o relato que fez sobre a audiência de André Ventura com a mesma
ferocidade.
-
Será porque Fernanda Câncio, também ela, consta dos autos do Processo Marquês?
-
Será porque Fernanda Câncio foi também ela escutada em conversas telefónicas
meio codificadas e por isso, estranhas?
-
Será porque a sua suposta valentia só serve para criticar aqueles de que não
gosta e desaparece perante aqueles sobre quem alegadamente impendem as mais
sérias dúvidas?
São
questões que deixo e se para elas não tenho resposta, há uma coisa que sei. Não
há uma só palavra que dita ou escrita por Fernanda Câncio possa ser levada a
sério.
Rodrigo Alves Taxa
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