Ave! Sugiram os bravos verdadeiros! Danem-se os imperadores Romanos e os deuses ao lado dos quais se sentam; danem-se até os mais antigos que os Romanos, Hermes, Matador de Argos e Apolo, que tão bem a lira se veio acomodar! Danem-se ainda aqueles que cantam por inspiração de musas, sejam estas as antigas, de Homero, ou as dos génios de Shelley, Blake, Keats ou Byron, aquilo que a chamavam poesia, que achavam tão bem que educava o Homem! A sua doçura e luz não existe, e este embuste em nada se há de comparar à força dos bravos verdadeiros!
Quem são os bravos verdadeiros? Quem salvará a Humanidade com palavras apetrechadas das asas de galinha ou de um pombo que rodeia um apartamento de uma metrópole americana? Quem deixará de saudar orgulhosamente a Lady Liberty para que se digne ao serviço de enaltecer a vida do cidadão comum? Oh, quem, mas quem, trará à Polis o fogo que Prometeu prometeu, antes de esventrado e reinventado num farol à frente de uma câmera?
Ave! Vieram das torres altas – maiores em pedra, betão e estupidez que a casa dos deuses – do novo Império as divindades da irreverência! Já não é suficiente que se danem os antigos ou males da vida – o dizer "Que Se F*da!" (porque Está Tudo F*dido) é a quase nova arte destes novos figurões da mitologia (mas sempre censurado, porque a saúde do seu público leitor, que gosta de se sentir contrário, compromete-se com aquele nojo nas capas)! Mark Manson fez-se profeta deste novo estoicismo, assente nas histórias de bardos mal contadas e uma inteligência cujo caráter perecível não se faz facilmente perceptível! Ave!
Basta!
Esta prosa prudente do palavreado plebeu por pretendentes a profetas proferida porá a perfeição da filosofia a cair a pique de um penhasco... Mas que maravilhadas as massas que massacram a massa cerebral com esta m... Não me afogarei na mesma irreverência que estes nossos novos Cíceros, cujo sucesso é a vontade de danças com dejetos na campa do velho... Vende-se tranquilidade, mas que a prática desta não passe do folhear de um livro cheio de palavrões!
A sapiência é corrupta! Degolou-se Atena, mocho morto do chão, de asas cortadas; Odisseu que a chore! Nenhum templo de ossos resiste sucumbir ao capital e ao falso espírito contrariado que o imprime.
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