terça-feira, 1 de dezembro de 2020

Exercício de Pontuação 26/11

Filipe HeathFerreira Fernandes (texto) 

Já o contei e repito: no dia seguinte à eleição do Papa Francisco, voltei a vê-lo na basílica de Santa Maria Maior, em Roma. Vi um papa que andava como um homem comum - escrevi "ele anda como toda a gente". Gosto de pescar raridades destas. 

Ontem fui ao lançamento do livro dum amigo: o fotógrafo Rui Ochoa. É um livro de assunto único sobre um homem, num momento muito importante dele, durante o desafio para conseguir o desejo duma vida. Na segunda foto em que o vemos - na primeira está de costas, ele está em casa e acaba de saber que conseguiu: é um momento forte e um disparo certeiro do fotógrafo, mas o que me traz aqui não é este. É o homem - o livro é sobre um homem que dá conta das pessoas à volta, sabe-se da vida como os outros se dão conta de nós com os olhos e com as mãos. Os olhos que nos procuram, as mãos que pousam em nós na campanha presidencial de Marcelo. 

São esses: o homem e o momento. Ele farta-se de se dar conta dos outros na bairrada com o leitão espetado e a entrar no forno. Marcelo torce o pescoço para olhar o assador e até aos adversários da campanha - ele aproveita para lhes pôr uma mão no ombro. 

Eis o essencial que o livro de Ochoa nos mostra: o balanço duma presidência faz-se claro no fim do mandato e assim será com este. Para já sabemos que de comum ele tem pouco e que ele tem um interesse comum pelas pessoas - ambas são raridades num presidente. Pode ser o começo duma bela não sei o quê?

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