quarta-feira, 4 de novembro de 2020

Contracapa: Quichotte

Manuel Afonso

 


O imaginário tinha precedência sobre o real. Quichotte e Sancho viajavam com ele (…). Tinha genuinamente a sensação de ter entrado num mundo da sua ficção”


O livro que tem nas mãos convida-o para uma viagem a um mundo irreal. Um mundo em que a falsidade transpõe a tela televisiva, diluindo a fronteira da verdade. Em que cientistas alertam para mudanças catastróficas na natureza, enquanto a sociedade nega a ameaça. Em que cidadãos de bem se transformam em bestas pré-históricas e arrasam comunidades antes pacatas. É uma viagem a uma América dividida, em que transeuntes são mortos apenas pela cor da sua pele. Em Quichotte, Salman Rushdie convida-o para uma viagem a um mundo irreal, que é aquele em que vivemos.


Salman Rushdie, de 73 anos, nasceu em Bombaim, emigrou para Inglaterra e vive hoje entre este país e os EUA. A sua extensa obra granjeou-lhe prémios como o Booker prize, mas também ameaças de morte de islamistas fanáticos. Em Quichotte, constrói uma história dentro de uma história, em que a escrita e a vida se entrelaçam, como o imaginário e o real em tempos de fake news.


O resultado é uma obra que fala de amor e reencontros, de forma redentora e comovente, sem nunca deixar de ser irónica e divertida. Um romance imprescindível, para quem procura sentido e esperança num mundo distópico e fraturado.


Time: “Um fantástico sonho dentro de um sonho... uma maravilha brilhante, divertida, de âmbito mundial...”


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