Julia Roveri
Anedota 1 (piada)
O assunto da
aula era ‘medo’. A professora começa perguntando: “Pedrinho, do que você tem
mais medo?” “Do bicho-papão, professora.” “Mas Pedrinho, o bicho-papão não
existe. É apenas uma lenda... Você não precisa ter medo.” “Mariazinha, do que
você tem mais medo?” “Da dama do pé de cabra, professora.” “Mariazinha, a dama
do pé de cabra também não existe. É somente outra lenda... Você não
precisa ter medo.” “E você, Joãozinho? Do que tem mais medo?” “Do Mala Men, professora.”
“Mala Men? Nunca ouvi falar... Quem é esse tal de Mala Men?” “Quem é eu também
não sei, professora. Mas toda noite minha mãe diz na oração: “Não nos deixais
cair em tentação e livrai-nos do ‘Mala Men’.”
Nota: Optei por adaptar os termos
“mula-sem-cabeça” e “saci-pererê” (próprios do folclore brasileiro) substituindo-os
por figuras de lendas portuguesas, nomeadamente “bicho-papão” e “dama do pé de
cabra”.
Anedota 2 (caso verídico pouco conhecido)
Nas
margens de diversos livros da Idade Média (séculos XIII e XIV), há ilustrações
de cavaleiros lutando contra caracóis. Embora não haja consenso entre os
estudiosos, as investigações apontam que os caracóis podem simbolizar vários
temas, tais quais a ressurreição, o alto clero, a lentidão do tempo, o
isolamento da classe dominante, a opressão da aristocracia sobre os pobres, uma
crítica aos alpinistas sociais, a sexualidade feminina, a humildade virtuosa (em
oposição ao orgulho cavalheiresco), entre outros.
Qual foi o último livro que comprou? E onde?
Esta semana encomendei dois volumes
da série de banda desenhada A Saga, da editora Gfloy, na livraria Tinta nos Nervos. Esta
livraria me foi indicada por um vendedor solícito na Feira do Livro de Lisboa,
ao perceber que eu me interessava pelo gênero.
Olá, Julia!
ResponderEliminarAs tuas anedotas estão muito bem escritas e adorei as duas.
Eu sugeriria que dividisses a primeira em vários parágrafos, de acordo com as falas das personagens, mas também acho que com a tua formatação conseguiste encontrar um equilíbrio entre não exceder muito o limite de linhas e manter o texto fácil de ler.
Também mudaria "Mas Pedrinho, o bicho-papão não existe." para "Mas, Pedrinho, o bicho-papão não existe." A frase poderia ainda simplesmente ser "Pedrinho, o bicho-papão não existe."