Tagiane Mai
Pensando especificamente no mercado digital, investir em metadados pode resultar em uma
exposição muito maior do livro – e, consequentemente, em um aumento
considerável das vendas – em meio aos inúmeros estímulos que roubam nossa
atenção ao navegarmos pelo ambiente virtual.
Os metadados consistem, basicamente, em dados que referem o
título, a editora, a capa, a sinopse, as palavras-chave, a ficha técnica
(incluindo o nome do/a ilustrador/a, tradutor/a, coordenador/a), a biografia do/a
autor/a, e outros comentários sobre o livro. Mas não só isso. Se, depois de
publicada, a obra recebeu algum prêmio ou uma crítica positiva em um jornal,
por exemplo, essas informações podem ser incluídas no cadastro. Outra
estratégia interessante é acrescentar títulos da mesma categoria ou de
temáticas semelhantes, bem como outras publicações do/a autor/a.
Assim, quando “jogarmos” uma dessas palavras no mecanismo de
busca de uma livraria digital ou mesmo no Google, os metadados trabalharão para
que o consumidor “descubra” o livro ou para que determinado título apareça no
topo da lista de resultados. Da mesma forma, os metadados possibilitarão a
rápida localização da obra no sistema de uma livraria física ou de uma
biblioteca.
No Reino Unido, a Nielsen também observou um incremento nas vendas quando o cadastro de um livro apresentava todas as informações básicas (o BIC, na imagem a seguir) e também uma imagem da capa.
E quem pode ficar responsável pela atribuição dos metadados em uma editora? Li em algum lugar que essa tarefa não deve ser delegada ao estagiário... Naturalmente, aquele que conhece melhor o livro será a pessoa que poderá fornecer as informações mais completas sobre ele. Será, portanto, mais uma tarefa para o editor?
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