Filipe Heath
Como mostrar o livro às pessoas? Simples, redes sociais. Uso o Twitter, Instagram e Youtube desde 2013 como criador de conteúdo literário. São as três redes que uso, no entanto, temos muitas mais onde o conteúdo literário prevalece. Por exemplo, no TikTok (mais especificamente a comunidade BookTok) onde os vídeos de 7 ou 15 segundos sobre livros chegam a milhares de pessoas todos os dias. Tenho vários amigos dos Estados Unidos que usam para promover o seu livro. Não importa se a rede social é maioritariamente crianças de 15 anos a dançar, se soubermos usar, podemos vender milhares de cópias – isto aplica-se a livros em língua inglesa.
Como convencê-las a interessarem-se
por ele? Como convencê-las a pensar
comprá-lo?
Partilhar as emoções que o livro nos
faz sentir durante ou após a leitura. Recebo várias mensagens, sempre que falo
inúmeras vezes com entusiasmo de um livro, que compraram o livro por minha
causa. Os meus seguidores ao longo dos anos tornaram-se amigos virtuais e
confiam nas minhas opiniões. Ao mesmo tempo, várias pessoas vão percebendo que
temos os gostos parecidos então decidem apostar na leitura do livro.
Como não as deixar esquecer que
decidiram comprá-lo? Faz-se a simples pergunta:
já leste? Se não, partilha mais uma vez a tua experiência de leitura, seja ela
positiva ou negativa, e explica o porquê de achares que a pessoa em questão vai
gostar do livro. Tens de conhecer a pessoa minimamente e os seus gostos para
poder recomendar algo desta forma.
Pior: como fazer sequer com que
algumas pessoas (pelo menos, o público-alvo potencial) saibam que o livro
existe? Se gostares realmente de um livro,
nunca pares de o apoiar. Em dezembro, a minha amiga Diana Pinguincha lançou A
Curse of Roses nos Estados Unidos. Ela percebeu que o seu livro não teria lugar
nas prateleiras em Portugal (por ser um reconto sáfico do Milagre das Rosas) e
decidiu publicar lá fora. Eu comprei no pré-lançamento, fiz inúmeros posts a
antecipar a leitura. Quando foi lançado fiz sessões fotográficas, maquilhagens
inspiradas na capa e partilhei o meu amor pela importância desta história.
Este mês, a minha amiga Leonor Ferrão
lançou um conto (Amor À Primeira Assinatura) e eu comprei no pré-lançamento,
fiz sessões fotográficas, falei com familiares e consegui que alguns comprassem
e mostrei o orgulho pela Leonor ter conseguido publicar de forma independente.
O livro esgotou no primeiro dia.
A moral é: não importa se estiverem
sempre a repetir-se, nunca parem de falar nos livros que vocês acreditam que
toda a gente deveria ler.
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