O marketing é, para mim, um mistério. Sei que existem estratégias e que cada empresa investe numa equipa específica para que certos produtos sejam verdadeiros sucessos, mas nada garante que tal aconteça. Por outro lado, há coisas que se tornam virais e vendem por si só e não têm uma grande estratégia definida. Tendo isso em conta, acho importante perceber o que temos em mãos. Quem é o autor do livro? Qual é o género? Quem é o público alvo? Creio que o marketing está dependente das respostas que temos a estas perguntas.
Para um público mais adulto, penso que resultaria a divulgação em livrarias e em feiras do livro. Cartazes ou imagens em locais que, podendo ou não ser relacionados com o mundo literário, fossem de presença regular do público. Seria também boa ideia ponderar a publicidade em meios de comunicação social (embora seja cara, chega a um grande número de pessoas). E claro, as redes sociais. Tanto para um público adulto como para um público mais jovem, as redes sociais tornaram-se meios de divulgação bastante importantes. Não sou a maior admiradora da estratégia mas realmente, pode resultar, quando uma figura pública promove qualquer tipo de produto de uma forma indirecta. Por exemplo, se em várias histórias do Instagram, enquanto falam de um assunto aleatório, o livro aparecer ali sempre ao lado de uma forma despreocupada como se fosse ao acaso, é provável que os seus seguidores, inconscientemente, tenham a curiosidade de pesquisar. Outra ferramenta é o youtube, mais precisamente: os booktubers. Ainda são escassos em Portugal mas nos Estados Unidos e no Brasil têm uma base sólida de seguidores e são eficazes a promover livros e a motivar o seu público a comprá-los. Fazem-no através da comparação com livros já populares ou até mesmo através da crítica individual do manuscrito ainda por editar, que lhes é enviado pelas próprias editoras.
A adaptação dos livros para filme também ajuda. No meu caso, comprei o Duna de Frank Hebbert porque entretanto o filme vai estrear e queria ler o livro antecipadamente. O contrário também acontece: vemos um filme e depois temos curiosidade de ler o livro porque na maioria das vezes tem mais detalhes e informação.
Seja de que maneira for, penso que se deva criar uma certa expectativa e necessidade no leitor. Deve fazer-se acreditar que aquele não seria só mais um livro mas sim, algo que valha a pena ler.
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